"INFINITO É O TEMPO DA ESPERA!

INESQUECIVEL E O MOMENTO DA CHEGADA!"

 

A chegada de uma CLARA luz !

WhatsApp Image 2017-06-07 at 21.03.20(2) ok.jpeg

Descobri minha gravidez em fevereiro de 2015, desde aí já tinha a absoluta certeza de como eu queria que meu bebê viesse ao mundo, nas minhas orações pedia a Deus, que, se fosse da vontade Dele, me permitisse parir normal, a maioria das pessoas próximas a mim, não concordavam ou de alguma forma, mesmo sem querer, minavam minha vontade, com frases do tipo: -você é muito corajosa, -tem certeza que vai querer sentir a dor de parir? -Deus me livre, prefiro uma cesárea, que não sinto dor alguma e ainda posso me arrumar pra ir pro hospital, -eita que depois do parto, você vai ficar folgada. Por essas e por outras indagações que não tinham fundamento algum, que eu tinha mais certeza do que eu queria. A falta de informação e o costume de ver relatos de violências obstétricas, fazem com que as pessoas pensem no parto, só como uma via de nascimento em que a mulher só sofre. Desde então comecei a buscar informação, ler muuuiitooo sobre o tema, ler relatos de partos, ver vídeos, ir para rodas de gestantes. Fiz acompanhamento com duas obstetras até a vigésima oitava semana, uma por sua vez já tinha me avisado que poderia fazer o acompanhamento, mas quando eu entrasse em trabalho de parto, teria que parir com um médico plantonista, mas isso não me desestimulou, a outra médica por sua vez, também cesarista, disse que faria meu parto como eu queria, mas seu histórico era de intervenções na hora do parto e de não esperar mais que 38 semanas, então a partir disso, em uma conversa com Aline Calmon, ela me indicou profissionais que estão integrados com a humanização do parto e foi aí que encontrei Dra Ludmila Andrade que faria meu parto e mudei de médica com 28 semanas, mesmo com todos os parentes próximos, achando que isso não seria bom, mas foi o que eu entendia ser melhor pra mim e Maria Clara e assim o fiz e foi a escolha mais acertada que fiz. Algumas semanas depois encontrei Talita que seria minha doula. Minha gravidez foi super saudável, não tive nenhuma intercorrência, me exercitava 5x por semana, mantive uma alimentação saudável e no dia 20 de outubro fui para uma consulta com minha obstetra, eu estava com 39 semanas e 3 dias, sem nenhum indício de trabalho de parto, minha barriga ainda estava extremamente alta, não havia perdido tampão mucoso, sem contrações e minha médica perguntou se eu não queria fazer um exame de toque para avaliar como estava o colo do útero, eu quis, porque além da ansiedade, queria ter uma noção da proximidade do parto, eis que no exame a médica constatou que eu já estava com 3cm de dilatação e 90% do colo uterino apagado, não estava sentindo dor alguma, então ela me avisou que até o final de semana Clarinha nasceria, continuei minha vida normal, fazendo exercício para estimular a dilatação. Fiz exercício até o dia do rompimento da bolsa.

As 23:45 do dia 22 de outubro minha bolsa rompeu, continuei em casa, com Marcio (esposo), Tania (minha mãe) e Talita (Doula) que chegou por volta de 00:30, minhas contrações já estavam intensas, todos me amparavam como podiam, para tentar aliviar um pouco da dor, decidi ir para o hospital quando vi que as contrações já estavam vindo  em um menor espaço de tempo e com mais intensidade, cheguei por volta das 2:00h no hospital, Dra Ludmila já estava me esperando, eu já estava com 7cm de dilatação, faltava pouco pra Maria Clara nascer, fiquei no quarto com as pessoas em que eu confiava, pessoas que eu amo, pessoas que me deram força, me ampararam, todos tiveram um papel fundamental no meu trabalho de parto, tê-los por perto, fez toda diferença, mesmo não querendo ninguém me tocando, preferi ficar andando ou embaixo do chuveiro, eu estava muito concentrada e conectada com meu corpo, meu trabalho de parto foi muito respeitado por todos, tudo foi no meu tempo e no tempo de Maria Clara. Ás 3:40 mais ou menos perguntei a Dra Ludmila quais seriam as implicações de eu tomar analgesia naquele momento, ela me explicou e pedi para ir para o quarto PPP, que é o quarto onde Maria Clara nasceria, chegando lá, eu já estava com 10cm de dilatação, que é a dilação completa, logo Clarinha chegaria ao mundo, mesmo assim eu quis a analgesia.

Maria Clara nasceu as 4:01h do dia 23/10/2015, com 39 semanas e 6 dias, de parto natural, medindo 49,5cm, pesando 4.040kg, sem manobra de kristeller, sem epsiotomia, tive uma laceração natural muito pequena, sem ocitocina sintética, em um parto que foi muito mais perfeito do que eu esperava, um momento transição, Maria Clara nasceu e eu renasci, junto com Mainha e Marcio. Um parto que não foi só dor, ela ía e vinha e a cada contração uma certeza, estava mais perto de eu conhecer a minha princesa.

Agradeço a Deus e a todos que estiveram comigo no momento mais importante da minha vida.

 

Agradeço a

Marcio Seabra por ficar grávido junto comigo e ter a paciência, muito amor e carinho comigo e Clarinha, me apoiar desde o começo em todas as minhas decisões, sua compreensão me ajudou e encorajou, seu amor me nutriu, seu cuidado, me acolheu.

 

A Mainha (Tânia Oliveira) que mesmo no início da gravidez não concordando, por presenciar diariamente violências obstétricas no seu ambiente de trabalho, me apoiou e participou ativamente do meu parto e desconstruiu essa visão pessimista do parto normal. Sempre do meu lado em todos os momentos da minha vida, nossa conexão e ligação é impressionante.

 

Ludmila Andrade por ser esse ser humano fantástico, que só chegava a mim com palavras de incentivo, me abraçava, fazia massagem, respeitou muito meu trabalho de parto, foi muito além de ser só a médica.

 

Talita Rocha que me acompanhou no fim da gestação e que foi minha Doula, tirava minhas dúvidas, me aconselhava, com seu jeito manso e calmo fez com que criássemos um vínculo, que foi muito importante. No trabalho de parto me aliviou as dores, me passou muita segurança e serenidade no olhar.

 

Aline Calmon que mesmo não sendo minha Doula, mas foi minha Doula de coração, como ela mesma dizia, que me instruiu e me mostrou os caminhos para que eu encontrasse a melhor maneira de ter o parto como eu queria, sempre muito prestativa, atenciosa e amorosa. O Gestar Luz foi essencial para meu emponderamento.

 

Luciana Veríssimo por fotografar e filmar com tanto carinho e captar expressões, que só de olhar revivo tudo e meu coração enche de emoção.

 

Thaís Gómez que foi minha professora no circuito de gestante, no qual eu fazia aula 2x vezes por semana, sempre tão amorosa, a simpatia em pessoa, atenciosa, cuidadosa com suas gravidinhas.

 

Ana Abbehusen que foi minha professora no pilates, um amor de pessoa, paciente, amorosa, cuidadosa.

 

Aíla Almeida nossas sessões de drenagens eram regadas de muitas risadas, conversas, mt sono, 😂😂😂😂, eu dormia muito também. Aíla sempre sorridente, cuidadosa, carinhosa, amorosa, sempre alisava minha barriga e falava com Clarinha.